SINCRONICIDADE





C.G.Jung, médico e psiquiatra suíço, definiu a sincronicidade como uma “coincidência (especial), no tempo, de dois ou vários eventos, sem relação causal, mas com o mesmo conteúdo significativo”. Esta definição, às vezes difícil de entender, quer dizer que, quando dois eventos ocorrem simultaneamente e possuem algo em comum, porém, com causas distintas, podem ser considerados como uma “sincronicidade”. Por exemplo: o fato de alguém pensar em uma pessoa e no minuto seguinte encontrá-la, isso pode ser uma sincronicidade. O motivo que levou a pensar nessa pessoa (causa 1) e o dela chegar ao mesmo lugar (causa 2) não foi o mesmo, porém, os dois “motivos” (causas) se encontraram posteriormente no tempo e no espaço e com um significado (imagem da pessoa antecipadamente) comum (significativo).

C.G.Jung, médico e psiquiatra suíço, definiu a sincronicidade como uma “coincidência (especial), no tempo, de dois ou vários eventos, sem relação causal, mas com o mesmo conteúdo significativo”. Esta definição, às vezes difícil de entender, quer dizer que, quando dois eventos ocorrem simultaneamente e possuem algo em comum, porém, com causas distintas, podem ser considerados como uma “sincronicidade”. Por exemplo: o fato de alguém pensar em uma pessoa e no minuto seguinte encontrá-la, isso pode ser uma sincronicidade. O motivo que levou a pensar nessa pessoa (causa 1) e o dela chegar ao mesmo lugar (causa 2) não foi o mesmo, porém, os dois “motivos” (causas) se encontraram posteriormente no tempo e no espaço e com um significado (imagem da pessoa antecipadamente) comum (significativo).

Vamos tentar entender melhor buscando nas três categorias básicas que Jung classificou como sendo sincronicidade:

(a) Quando uma imagem inconsciente alcança a consciência de maneira direta (literalmente);

(b) Indireta (simbolizada ou sugerida) sob a forma de sonho, associação ou premonição;

(c) Quando uma situação objetiva coincide com este conteúdo.


No primeiro caso, quando uma imagem ou pensamento chega à mente; é o que comumente chama-se “intuição”. Como o exemplo ilustrado anteriormente,  é o mais comum de acontecer, principalmente quando as pessoas guardam algum tipo de relação afetiva. A sincronicidade pode ocorrer pessoalmente ou pelas distintas vias de comunicação. Nesta categoria, o evento da sincronicidade é verificado posteriormente.


Na segunda categoria estão todos os tipos de sonhos, premonições, etc. É a visão de um acontecimento futuro e que também só será identificado posteriormente. Se enquadram nesta categoria as adivinhações de todos os tipos, I Ching, Tarô, etc., ou através de sinais advindos da própria natureza em determinado momento.
            Das três categorias, então, as duas primeiras só são verificadas posteriormente, e a terceira, no momento.


A terceira categoria é a mais interessante, pois o acontecimento ocorre no momento. É clássico o exemplo que Jung narrou de uma de suas pacientes, bastante incrédula às teorias junguianas. Porém, no 
momento que estava a relatar o seu sonho ao qual aparecia um escaravelho dourado, no mesmo instante um besouro bate na janela do consultório. Jung diz que a partir deste evento, ela mudou completamente a sua forma de ver o mundo e a acreditar um pouco mais na sincronicidade.


Jung analisou vários casos de sincronicidade, porém, concordou que não existem “provas científicas” para validar estes acontecimentos, pois a principal dificuldade em analisar a sincronicidade é que nunca saberemos quando ocorrerá novamente. Afirma que “até o momento intuímos que deve haver um princípio subjacente capaz de explicar todos esses acontecimentos (correlatos), mas até o momento não possuímos métodos eficientes para a investigação.” Ou seja, enquanto o método adotado pela ciência requerer repetição do evento, dificilmente a sincronicidade será explicada, pois são eventos psíquicos que não dependem do sujeito.

Jung, conclui então que a sincronicidade relaciona-se com os arquétipos, visto que se originam em uma dimensão que ultrapassa o espaço-tempo e a qualquer tipo de causalidade, como os próprios conteúdos dos arquétipos. A sincronicidade, neste sentido, não pode ser compreendida apenas pelo intelecto; faz-se necessário uma resignificação nos conceitos das leis da física e da psique humana, passando a considerar infinitas possibilidades da consciência. Isso passa por uma compreensão ampla em que o Todo não é a soma de suas partes; mas que as partes estão relacionadas entre si e são expressões de uma única Realidade . Essa visão de Unidade é fundamental para entendermos a sincronicidade e os eventos significativos que estão acontecendo com muito mais frequência que imaginamos.